01.09.2014

Alemão é condenado a 12 anos pelo assassinato da esposa em SC

O Tribunal do Júri da Comarca de São Francisco do Sul condenou, na última segunda-feira (25/08), o professor Joachim Becker, 72 anos, natural da Alemanha, a 18 anos de reclusão em regime fechado, pelo assassinato da esposa Walburga Cacilia Christina Becker, por motivo fútil, objetivando viver em companhia de sua amante.
O Tribunal do Júri da Comarca de São Francisco do Sul condenou, na última segunda-feira (25/08), o professor Joachim Becker, 72 anos, natural da Alemanha, a 18 anos de reclusão em regime fechado, pelo assassinato da esposa Walburga Cacilia Christina Becker, por motivo fútil, objetivando viver em companhia de sua amante.
Na Ação Penal, apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), consta que Becker efetuou três disparos com arma de fogo na cabeça da vítima, em julho de 2012, na cidade de São Francisco do Sul/SC. A esposa foi levada para um local de difícil acesso e despovoado, com o intuito de afastar qualquer possibilidade de socorro. O crime foi cometido porque Becker tinha a intenção de assumir um relacionamento extraconjugal com uma brasileira.
Como o homicídio ocorreu em local de difícil acesso e o casal não tinha residência fixa, o caso somente começou a ser investigado após os filhos do casal terem avisado a Polícia Alemã sobre o sumiço da mãe. Ao ser contatado pela Polícia Federal, Becker informou que a esposa estava sumida e que ele havia comunicado o Consulado Alemão.
Um dos fatos que despertou a suspeita da Polícia Federal foi a informação de Becker de que ela estava sumida desde o dia 29 de junho, sendo que no dia 4 de julho ela teria enviado um e-mail para os filhos, de uma Lan House em São Francisco do Sul, dizendo que estava bem e na companhia do marido.
A partir das divergências, a Polícia começou a observar outros fatos suspeitos. Um dos indícios que confirmou as suspeitas foi a quebra do sigilo telefônico. Constatou-se que haviam sido feitas ligações do aparelho telefônico de Becker do local onde a vítima foi encontrada.
Com informações sobre a arcada dentária da vítima foi possível identificar o corpo, encontrado 30 dias após a data da morte, sem identificação, e que estava no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville.
Becker foi preso preventivamente em novembro de 2012 e permaneceu detido até o julgamento. A Sessão do Tribunal do Júri foi conduzida pelo Juiz de Direito Gustavo Schwingel. A Promotora de Justiça da Comarca de São Francisco do Sul, Andreia Favero, atuou pelo MPSC e na defesa, os advogados Rafael Luiz Siewert e Diogo Bon Barbosa Maciello Gomes.

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Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação do MPSC