Denunciado pelo MPSC, autor de feminicídio é condenado em Xaxim
Em Xaxim, na região Oeste do estado, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação de um homem por homicídio triplamente qualificado - feminicídio, motivo torpe, mediante emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima - ao tirar a vida de sua ex-companheira em de agosto de 2022 e pelos crimes conexos de descumprimento de medida protetiva e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele foi sentenciado a 23 anos de reclusão, três meses de detenção em regime fechado e ao pagamento de 10 dias-multa, o que equivale a R$ 404,00.
Conforme relatado na ação penal pública, no dia 23 de agosto de 2022, após as 19h27, o réu foi até a residência da vítima, descumprindo medidas protetivas que, entre outras restrições, o proibiam de se aproximar a menos de 200 metros dela.
Pouco menos de um mês após o descumprimento das medidas protetivas, no dia 18 de setembro de 2022, por volta das 21h37, o réu, de posse de um revólver calibre .38 com a numeração de série raspada, tirou a vida de sua ex-companheira com seis tiros.
Segundo consta nos autos, a vítima deslocava-se para seu local de trabalho quando foi surpreendida pelo condenado. Ele partiu em sua direção e, quando a mulher começou a correr, efetuou três disparos em suas costas. Com a ex-companheira já no chão, disparou mais três vezes contra a cabeça dela.
De acordo com a denúncia do MPSC, a motivação dos crimes foi por ciúmes devido a uma suposta traição, pela insatisfação do réu com o término do relacionamento e pela partilha dos bens após a separação. Em relação ao crime contra a vida, este foi cometido pois o autor conhecia a rotina da vítima e o caminho que ela fazia para ir trabalhar.
Para o Promotor de Justiça Gabriel Cavalett, que atuou pelo MPSC na sessão do Tribunal do Júri, por conhecer a rotina da vítima, o réu ficou escondido até ela passar pelo local, quando então correu em sua direção e atirou, impossibilitando qualquer chance de reação. Registra-se, ainda, que o crime de homicídio foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, notadamente porque os dois eram ex-companheiros.
Cavalett, sustentou, ainda, perante o Conselho de Sentença, que o réu assumiu a autoria do crime de feminicídio, bem como indicou o local onde havia escondido a arma.
Os jurados acolheram integralmente as teses do Ministério Público e condenaram o réu conforme a denúncia oferecida à Justiça. Cabe recurso da sentença, mas foi negado ao condenado o direito de recorrer em liberdade.
Últimas notícias
03/10/2025MPSC fortalece combate ao crime organizado com foco em criptoativos e lavagem de dinheiro durante workshop
03/10/2025Entidades trazem ao MPSC preocupação com propostas legislativas que colocam em risco unidades de conservação de Florianópolis
03/10/2025Casal é condenado por tráfico de drogas em ação penal do MPSC
03/10/2025Réu é condenado a 63 anos de prisão por dois homicídios, tentativa de homicídio e corrupção de menores
03/10/2025Condenado em Joinville homem que atentou contra a vida de casal após desentendimento no trânsito
03/10/2025Pedinte que roubou mãe e filha em um parque em Videira e ainda praticou ato libidinoso é condenado em ação penal do MPSC
Mais lidas
03/10/2025Entidades trazem ao MPSC preocupação com propostas legislativas que colocam em risco unidades de conservação de Florianópolis
03/10/2025MPSC fortalece combate ao crime organizado com foco em criptoativos e lavagem de dinheiro durante workshop
03/10/2025Casal é condenado por tráfico de drogas em ação penal do MPSC
03/10/2025Condenado em Joinville homem que atentou contra a vida de casal após desentendimento no trânsito
02/10/2025MPSC assina Pacto pela Excelência pela Educação e reforça protagonismo na indução do ICMS Educação
03/10/2025Réu é condenado a 63 anos de prisão por dois homicídios, tentativa de homicídio e corrupção de menores