
Nesta quinta-feira (25/09), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) realizou um Exercício de Evacuação no Edifício Campos Salles. A iniciativa faz parte da campanha "Cultura de Segurança Institucional'', proposta pela Coordenadoria de Inteligência e Segurança Institucional (CISI) do MPSC, que neste projeto busca disseminar práticas de prevenção para estabelecer segurança nos ambientes de trabalho.
O objetivo foi o de treinar os cerca de 500 membros e servidores que trabalham no prédio a desocupar corretamente o edifício em caso de incêndio. O treinamento contou com a presença do Corpo de Bombeiros e de policiais militares que atuam na sede do MPSC, na Casa do Barão, também no Centro da Capital.
O Coordenador de Inteligência Institucional do Ministério Público, Promotor de Justiça Sidney Eloy Dalabrida, explica que esse foi um primeiro exercício e que tal treinamento não pode ser feito apenas uma vez. Ainda segundo Dalabrida, o CISI realizará outros treinamentos no Campos Salles, dessa vez, sem que os servidores sejam previamente avisados. Dessa forma, será possível avaliar se eles saberão se portar em eventuais casos de incêndio.
"Essa atividade se insere no programa Cultura de Segurança Institucional, cujo eixo fundamental é a prevenção. É opinião comum entre especialistas que em catástrofes, como incêndios, alguns danos são potencializados em razão do pânico das pessoas. A importância desse exercício é o de moldar o comportamento das pessoas em casos extremos e também para que elas tenham contato com o procedimento padrão que vai auxiliar todas as forças que atuam no combate ao incêndio", reforça Sidney Eloy Dalabrida.

A simulação iniciou às 14h, quando o alarme de incêndio foi disparado. A partir disso, a equipe do Grupo de Abandono (GRUA) formada por colaboradores terceirizados do MPSC, orientou os servidores e Membros da instituição a iniciarem a desocupação do prédio utilizando as escadas e não os elevadores, como de hábito.
Segundo o Aspirante Fraga, do Corpo de Bombeiros Militar, água e eletricidade não combinam e, por isso, os elevadores são travados e a evacuação ocorre pelas escadas. Ainda segundo ele, o problema mais comum em casos reais de combate ao incêndio é o fato de as pessoas não se lembrarem de usar as escadas para sair dos prédios em chamas. Após o exercício, o Aspirante disse aos servidores do MPSC que o treinamento servirá como uma experiência de vida e que os conhecimentos ali adquiridos podem ser usados no trabalho e também em casa com suas famíias.
"As simulações devem ser realizadas com mais frequência e os componentes do GRUA sempre terão os coletes a disposição e serão peças fundamentais de eventuais desocupações", explica o Coronel Rogério Martins, chefe da Casa Militar do MPSC.
Léo Dorneles foi um dos colaboradores terceirizados que integrou o GRUA. O papel deste grupo é o de orientar as pessoas a saírem pelo local correto e a manterem a calma no caso de uma situação extrema. Todos os integrantes do GRUA vestiam coletes da cor laranja para facilitar a visualização, mesmo em momentos em que há presença de fumaça e ausência de luz.
"O exercício foi ótimo e até tranquilo. Tudo ocorreu dentro do previsto. Estávamos no andar térreo e o pessoal ouviu o alarme e automaticamente deixou o prédio. O processo foi rápido. Eu já tinha feito isso em outras empresas e acho bastante importante. No caso de uma eventualidade as pessoas estarão aptas para agir corretamente", relatou Léo Dorneles.

O processo de evacuação do prédio durou cerca de cinco minutos. Já a chegada dos bombeiros se deu em 8 minutos após o toque do alarme. Depois da evacuação, os bombeiros e policiais simularam o atendimento emergencial às vítimas. No sétimo andar foi simulado um atendimento. Ao encontrar uma vítima no chão os bombeiros imediatamente iniciaram os primeiros-socorros. A vítima foi imobilizada em uma maca, retirada do prédio, pelas escadas, e conduzida até a ambulância.
Para evitar o pânico, a população que mora nas proximidades do local foi comunicada sobre a atividade. O treinamento foi feito de acordo com os procedimentos descritos no documento NBR ABNT 15219. O edifício Campos Salles tem 12.167 m², 11 andares com salas administrativas, uma recepção no térreo e quatro pavimentos de garagem.