13.03.2017

Revitalização do Beco da Carioca será financiada pelo FRBL

Na primeira reunião do Conselho Gestor do FRBL em 2017, projeto que visa revitalizar importante ponto histórico de São José foi aprovado por unanimidade. Em 2016, FRBL investiu cerca de R$ 5,25 milhões em projetos e de R$ 250 mil em perícias.

O Conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) reuniu-se nesta quarta-feira (08/03) na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Florianópolis. Em sua primeira reunião do ano, o Conselho autorizou alterações na cláusula de contrato do projeto PMSC Mobile e aprovou, por unanimidade, o projeto "Revitalização do Beco da Carioca no Município de São José/SC".

Em Santa Catarina, os recursos proveniente de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais por danos coletivos causados em áreas como meio ambiente, consumidor e patrimônio histórico é revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL). O objetivo principal do FRBL é custear projetos que previnam ou recuperem os danos sofridos pela coletividade.

O Beco da Carioca faz parte do Centro Histórico da cidade de São José e foi a primeira fonte de água encontrada pelos fundadores do município. Antigamente o espaço era utilizado por escravas lavadeiras no século XIX e também servia como fonte de abastecimento de água para os moradores. Fora o Beco da Carioca, em Santa Catarina, existem apenas mais dois exemplares de fontes de água semelhantes à de São José, o que ressalta ainda mais a importância de sua conservação.

Com o projeto "Revitalização do Beco da Carioca no Município de São José/SC" a intenção do governo municipal é transformar o local histórico em um produto turístico que possa instigar a população local a conhecer melhor a História os sítios históricos da sua própria cidade. Após a recuperação, o espaço estará adequado para receber visitas dos alunos da rede educacional de ensino de São José, de turistas e dos habitantes.

Além da relevância histórica, o fato de hoje o local estar abandonado e ser ponto de consumo de drogas são outros argumentos utilizados para justificar a necessidade de revitalização do espaço. O valor de R$149.797,88 será utilizado para construção de um deque de madeira, placa indicativa do local, instalação de iluminação adequada, entre outras melhorias.

A previsão é de que as licitações comecem em abril de 2017 e que os serviços finais sejam realizados em outubro do mesmo ano. A obra será fiscalizada pela Fundação Municipal de Cultura e Turismo de São José, que terá como função acompanhar a execução do projeto, prestar orientação técnica, entre outras providências necessárias para garantir a boa execução do projeto.

Já o projeto PMSC Mobile, que tem como objetivo aprimorar o atendimento e registro de ocorrências por meio de um aplicativo para tablets e smartphones, também foi assunto da reunião do Conselho. A Polícia Militar pediu adequação do cronograma físico e de desembolso do Convênio n. 03/2016/FRBL e obteve resposta positiva. Durante a reunião também ficou acordada a realização de um acompanhamento da repercussão do projeto, para que assim o Conselho Gestor possa ter um feedback final e visualizar os resultados.

Conselho Gestor do FRBL seleciona projetos e fiscaliza aplicação dos recursos

A seleção dos projetos que recebem os recursos é decidida pelo Conselho Gestor do FRBL, que também fiscaliza a aplicação do dinheiro. O Conselho é presidido pelo MPSC e composto por representantes de órgãos públicos estaduais e de entidades civis.

Os órgãos públicos tem representação permanente e as entidades civis são renováveis a cada dois anos, mediante inscrição e sorteio público. Os recursos do Fundo são solicitados, e os projetos apresentados ao Conselho Gestor do FRBL, que se reúne mensalmente para avaliar os pedidos.

As reuniões são públicas e realizadas de forma itinerante entre os órgãos que compõem o Conselho Gestor do Fundo.

Dos recursos do FRBL, 10% são destinados ao custeio de perícias e 90% ao custeio de projetos. O Fundo tem em caixa, atualmente, cerca de R$ 25 milhões para serem aplicados em prol da coletividade em Santa Catarina.

Em 2016, foram aprovados 8 projetos, com a previsão de repasse no valor de R$ 5.252.528,62 a órgãos da Administração Direta ou Indireta do Estado e de Municípios. Além dos projetos, o FRBL financiou 18 perícias que subsidiaram investigações do Ministério Público nas áreas de abrangência do Fundo, no montante de R$ 244.497,45.

Destaca-se que está em fase de análise final a legislação que regulamentará no âmbito do FRBL a Lei Federal n. 13.019/2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil. Em seguida, serão definidos os parâmetros para o lançamento de Edital de Chamamento Público visando à captação de projetos a serem executados pelo Terceiro Setor, com recursos do Fundo, nos termos da Lei Estadual n. 15.694/2011 que o regulamenta e determina: "O FRBL destina-se a ressarcir a coletividade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, à economia popular, a bens e direitos de valor artístico, histórico, estético, turístico e paisagístico, à ordem urbanística, à ordem econômica, ao patrimônio público ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo".





FRBL

Em Santa Catarina, o dinheiro proveniente de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais em face de danos causados à coletividade em áreas como meio ambiente, consumidor e patrimônio histórico é revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados.(FRBL).

FERMP

O Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Ministério Público (FERMP) tem por finalidade reequipar física e tecnologicamente os órgãos que compõem a estrutura do Ministério Público e proporcionar meios para a dinamização dos seus serviços.

FECEAF

O Fundo Especial do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (FECEAF) tem o objetivo de recepcionar os recursos provenientes das atividades desenvolvidas pelo CEAF, propiciando investimento para o cumprimento de sua missão.


Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC